segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Na poltrona!

A queda em 12 dias

Texto: Nathalia Cavalcante
Fotos: adorocinema.com

Em 2004 foi lançado nos cinemas o longa-metragem alemão A Queda! As últimas horas de Hilter (Der untertang), de Oliver Hirschbiegel. A história é conduzida por Traudl Fest, secretária pessoal do ditador, que no início do filme é escolhida, pessoalmente por ele. O roteiro é baseado em relatos de Traudl Fest do livro “Eu fui a secretária de Hitler”. Ela permaneceu no cargo de 1942 ao fim da 2º Guerra Mundial. O filme reproduz os últimos dias de vida do ditador que o intitula. Em 156 minutos, é passado o momento em que o exército alemão já se mantém acuado, rumo à derrota. Mas mesmo assim, escondidos em abrigos subterrâneos, Hitler e seus principais assessores tentam manter a guerra. Essa situação na qual se encontram, começa a partir de abril de 1945.
Ao longo do filme podem-se ouvir os bombardeios e o declínio do regime nazista, tão marcante naquele período, até hoje. O que também é muito evidente no longa, é o fanatismo de quem estava próximo a Hitler. Soldados e até crianças lutando pelo ditador. Apesar de perceberem que a guerra estava chegando ao seu fim, e que a Alemanha seria derrotada, Hitler não foi desamparado. No entanto, em meio ao caos da guerra, o ditador e seu Ministro da Educação do Povo e da Propaganda, Josef Goebbels, continuam com a esperança de vencer os soviéticos que, já haviam invadido parte do território alemão. Embora, grande parte de seus aliados o aconselhasse a fugir, Hitler recusava-se.
O nazismo já estava no fim, o ditador não obtinha mais o controle, com isso, as pessoas que o acompanhavam, começaram a se dar conta da situação. A fuga seria a solução para alguns, porém a escolha para outros foi a morte. Hitler é interpretado, sem caricaturas, pelo suíço Bruno Ganz, que o mostra em momentos de calmaria e fúria, o casamento com sua amante e aniversário enquanto bombas são atiradas. A loucura em manter a guerra, mesmo em meio a destruição, aspirando a vitória. Por isso, por não aceitar a derrota em 30 de abril de 1945, Hitler mata sua esposa e comete suicídio. Em 12 anos de terceiro reich, Hitler é visto pela primeira vez sem o poder que detinha e, logo em 12 dias sua queda chegaria. O longa-metragem que resgata este período da história foi indicado a melhor filme estrangeiro.

O que foi o nazismo

Desde o final da Primeira Guerra Mundial a preocupação da maioria dos alemães foi encontrar um culpado para a derrota. Acreditavam em um ato de traição de grande parte da sociedade: os partidos de esquerda e os judeus. O Tratado de Versalhes (1919), que impunha pesadas obrigações à Alemanha, tais como: perder parte de seus territórios; seus domínios coloniais e o pagamento de uma indenização, foi um dos estopins para a Segunda Guerra Mundial. Com os conflitos sociais, surgiram os partidos ultranacionalistas, contrários ao socialismo. Um deles, Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista), era liderado pelo ex-cabo chamado Adolf Hitler.
A Alemanha com a ajuda do capital estrangeiro, especialmente estadunidense, conseguiu com que a economia do país voltasse a crescer, porém durou até 1929. Com a crise que assolava o país, o povo passou a acreditar nas promessas de Hitler de fazer com que a Alemanha se tornasse rica e poderosa. No poder, Hitler conseguiu a aprovação da lei que o permitia governar sem dar satisfação de seus atos, logo, somente o partido nazista estava no poder. A propaganda de Joseph Goebbles, responsável pelo Ministério da Educação do Povo e da Propaganda, mantinha o controle sobre os meios de comunicação, escolas e universidades. Ele também produzia discursos, hinos, símbolos, saudações e palavras de ordem nazista. Já a violência policial era responsabilidade de Heinrich Himmler, que utilizava SS (tropas de elite), das SA (tropas de choque) e da Gestapo (polícia secreta de Estado) para prender, torturar e eliminar os contrários ao nazismo. A economia foi estimulada em diversos setores, em especial na bélica. Com isso, o desemprego diminuiu, o regime ganhou admiradores e a Alemanha voltou a se municiar, ignorando o Tratado de Versalhes.
Fonte: http://www.brasilescola.com/

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