quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

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Cinema Comentado

O trash que virou cult

A história do considerado, pior diretor de cinema, estampada nas telas por Tim Burton

Nathalia Cavalcante
            Divertida e singular! Essa é a trajetória de Ed Wood. O cineasta, que recebeu da crítica a nomeação de pior diretor, intitula o filme, de 1994, de Tim Burton. Estrelado por Johnny Depp, no papel do diretor de cinema que acreditava em seu talento, o enredo apresenta a busca de Wood pelo reconhecimento. Para creditar a época, da década de 1950, em que se passa a ação, Burton optou pelo preto e branco, na mesma sintonia do verdadeiro Wood.
            Antes de acreditar em sua competência, a personagem revela a sua admiração pela arte. A princípio, o teatro foi o escolhido, mas o cinema fisgou o aspirante a diretor. As falhas não eram levadas em consideração. Para ele, tudo estava perfeito! Um take era o bastante.
A primeira experiência foi em Glen ou Glenda? A história de um homem que gostava de se vestir com roupas femininas. O roteiro do próprio Ed Wood, na verdade era um auto-retrato. Ele e sua esposa, interpretada por Sarah Jessica Parker, atuaram no filme.  O protagonista ficou por conta do próprio diretor, à vontade no papel. O enredo confuso resgata Bela Lugosi do esquecimento, considerado morto por muitos, o ator húngaro, que interpretou o Conde Drácula, em 1931, firmou parceria com o novo amigo.
           Essa primeira iniciativa repercutiu entre risos e desprezo. Mas, a história de Ed Wood nos estúdios, estava começando, apenas. Desistir, jamais. Com isso, nasce, por acaso, A Noiva do Átomo, novamente sem nexo. Posteriormente, recebe o título, A Noiva do Monstro, assim melhor denominado pelos distribuidores conquistados por Wood. Mesmo assim, a recepção não foi das melhores. Daí veio a derradeira história: Plano 9 para o Espaço Sideral. Dessa vez, naves espaciais ganham espaço no roteiro do diretor.